segunda-feira, 6 de julho de 2015

A escola, as oportunidades, a educação e a vida de crime



Somos bombardeados semanalmente (24/7) por teorias de defensores dos rotulados “menores infratores”, que nada mais são do que jovens criminosos. A realidade dos fatos das mais diferentes partes do mundo, no entanto, surge no noticiário para pôr abaixo várias teorias sobre o papel da escola, a influência da educação, as oportunidades da sociedade e o optar e levar uma vida de crimes, em especial, a realidade desmascaram as fracas e idiota teorias dos defensores de criminosos.

Um vídeo sobre o encontro de duas pessoas de gêneros diferentes, vivendo em uma sociedade que, a julgar pelas informações deram oportunidades semelhantes, ambiente semelhante a ambos, e, no entanto, na meia idade, depois de anos sem se verem, as escolhas e as vidas de ambos eram completamente diferentes. 

Imagem copiada de vídeo publicado no www.youtube.com


Comento sobre, o reencontro da menina branca que estudou e se tornou juíza, e um menino negro, que apesar de ter estudado na mesma escola, frequentado ambiente similar, estava sendo julgado e condenado por roubo e fuga. O evento por si, pode provocar vários sentimentos, atitudes e comentários, em especial, aqueles que a criticarão dizendo: "ela só conversou com ele para humilhar, e mostrar superioridade". Não duvidem!

Culpa da Sociedade Capitalista

Sem dúvidas há os que olham a situação e veem em destaque a disputa de classes, a desigualdade social, o capitalismo opressor, a sociedade racista; veem uma mulher branca opressora, e um negro, pobre, coitado oprimido, inocente que a sociedade da mulher branca, culpada por omissão, por não dar oportunidade, que também é culpada quando o pune. Mas, ele, o negro é inocente. Ele apenas reagiu à violência da sociedade capitalista; reagiu se drogando, roubando, tomando os bens e aniquilando os serviços alheios. 

Uns vibram: bem feito que bandidos assim existam; é a prova da falência do sistema; é a prova de que estão no caminho errado, sem, no entanto, nunca darem provas de que eles sabem o caminho, a via, a rota ou menos terem uma seta apontando o caminho correto, justo, eficaz, eficiente, do bem, dos bons valores.

A falha da família

Outros podem olhar a cena e ver ai na cena a falha e o círculo vicioso das famílias de menor poder aquisitivo, sem acesso à educação, sem acesso aos bens de consumo, e por esta condição, a família deixou o filho sendo “educado pela baba eletrônica (a TV) ”, e ou sendo educados e cuidados por pessoas que não tem os mesmos valores morais dos pais da criança, sejam elas negras, amarelas, brancas, mamelucos, mulatos, índios... etc.

Em minha opinião, àqueles que atribuem a culpa pela criminalidade à TV e ou às empregadas domésticas, é apenas transferência de responsabilidade. Meu pai foi por muitos familiares rotulado de machista e a minha mãe de submissa e coitada, por que ambos decidiram, que o melhor para nossa família, era um trabalhar para suster a família nos bens, serviços e consumo, e o outro trabalhar para manter os valores que ambos criam, valorizavam, defendiam e viviam.

Hoje, o que somos, como trilhamos, para o bem ou para o mal, meus pais assumem com palavras tais: se é bom, cidadão, honesto, digno fomos nós quem o criamos; se fossem maus, bandido, desonestos, indignos, seria nós também os responsáveis em maior grau.

A falha da escola

A cena e o vídeo “viralizado” na web, pode também levar alguns a criticar à educação oferecida nas escolas. Uns irão dizer que a escola favoreceu a menina branca, bonita, e com cara de riqueza, enquanto, negligenciou e olvidou o menino negro, feio e pobre. E, por mais, que se insista no fato de que tanto a menina branca, bonita e com cara de riqueza quanto o menino negro, feio e pobre estudaram na mesma escola, há os que sempre vão enxergar nesta situação a falha da escola em conseguir oferecer e permitir um futuro diferente para o menino negro, pobre e feio. 

Outros dirão, que é só uma fachada o que as escolas oferecem aos negros, pobres e feios. Permitem ingressar apenas como uma desculpa esfarrapada de que oferecem as mesmas condições, porém, no íntimo, no recôndito, fazem com que os negros, pobres, feios sempre vão optar pelo caminho das drogas, do ilícito, do crime. Tal conceito é tão pior quanto a discriminação e o racismo em si. Tal conduta e defesa de tais princípios e valores, é tão preconceituoso, discriminador e segregador quanto todas as demais atitudes criticadas por certos movimentos sócias.

Em minha opinião existe grande confusão sobre o papel e responsabilidade das escolas. Não é culpa da escola, se, depois de passar por seu ambiente um humano qualquer, se torna o pior dos humanos; não devemos culpar a escola pelo futuro criminoso de jovens que estiveram em ambiente escolar tal, pois, afinal, existem muitos outros que por ali passaram, e se consertaram; muitos conviveram no mesmo ambiente e não tomou o mesmo caminho de crime. 

O caminho da criminalidade é uma exceção quando analisamos a totalidade dos que estiveram matriculados e estudando nas escolas, no entanto, querem sempre culpar a escola, a falha na educação escolar, falhas nos professores, nos técnicos e até mesmo a más influências e maus exemplos, más companhias, que podem ter sido adquiridos no ambiente escolar, no trajeto casa-escola, no sair da escola, na desculpa: “eu estava na escola”.

A falha da economia de mercado e sistema produtivo

Há os que veem em situação análoga a falha da economia de mercado, pois, não foi capaz de absorver a mão de obras do negro, pobre e feio. Estranho é ler, ouvir e ver os mesmos especialistas culpando a economia de mercado e o sistema produtivo, e que são, os mesmos críticos do sistema educacional quando desejam e defendem que os jovens devem estar preparados para a economia de mercado, e que devem se preparar e qualificar para ocuparem vagas no sistema da economia de mercado e algo no sistema produtivo.

É culpa da “desigualdade social”

A rotulagem bonita e sempre empregada como sinônimo de intelectualidade: “a desigualdade social”. Ela não escapa, e nunca deixa de comparecer a um debate como o que este evento nos proporciona.

Evidente, que, pelo testemunho da juíza, ambos viveram, ao menos por certo período, sem a interferência da dita “desigualdade social”. Segundo a juíza – está em vários textos na web - ele era a melhor criança da escola. Não é da sala; da escola. Era atleta e enquanto estava na escola, junto a muitos outros em condições “igualdade social”, oferta de oportunidades, somente o presente revelou que o futuro demonstrou que é sim uma forte e badalada besteira, a culpabilidade da “desigualdade social” como corresponsável pelas vidas desventuradas e pelos caminhos tortuosos que muitos enveredam.

Opinião do leigo

Na opinião deste leigo, há uma vertente não considerada, quando os especialistas estudam a criminalidade: a natureza humana. Os teólogos, alguns profissionais de ciências humanas consideram a hipótese de que temos uma natureza humana trágica, dada ao mal, tendenciosa aos mais baixos valores; uma natureza que se não orientada e elevada a vias da luz, sempre, optará e nos levará às sendas dos maus, e as maldades e perversidades mais cruéis.

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