sábado, 2 de maio de 2015

A escola não atrai e deixou de ser o que era: símbolo de transformação social e de ascensão

Grande investimento na educação é estruturar a educação. Peneirar, separar, elencar os profissionais de acordo com sua aptidão, respeitar seus desejos, solidificar seus planos, permitir que permaneçam e faça sua carreira na área em que se sinta melhor, e fazer com que, recebam uma remuneração satisfatória, e que não deseje, mercenariamente mudar do seu setor que lhe ofereça condições de satisfação profissional, e satisfação de realização pessoal.

Afinal de contas, é frustrante, você não ser reconhecido, nem receber pelo que faz de forma constante, corriqueira, exaustiva e bem feito. Faria bem à educação, investir na capacitação especifica de classes de profissionais, e fixarem estes profissionais em suas respectivas áreas de atuação, fazendo com que, haja honra, gosto, desejo de ser reconhecido como profissional qualificado de sua área, ser respeitado e valorizado por seus serviços prestados.

A dispersão dos profissionais da educação é um tema a ser "repensado" dentro dos critérios dos investimentos da educação. Enquanto, se advogam que, fazer carreira dentro do tema educação, seja, deixar de ser professor, educador da base, e subir na hierarquia, deveria investir na valorização destes profissionais, e fixarem-nos, e fidelizarem-se em suas respectivas séries e aptidões, fazendo com que mais profissionais queriam permanecer fazendo o que gostam, e não, insuflando-lhes o desejo de serem ou de obterem títulos para subirem na hierarquia e obterem melhores rendimentos. Investir na educação, é dar condições para que existam mais profissionais interessados em serem reconhecidos como educadores, alfabetizadores, perito em ensinar exatas.

Certamente que em anos recentes, e temos certeza disso, outros pais leigos, se lembram de quem os alfabetizaram, quem foi aquele quem lhe ensinou os números, as cores, os relevos, a história. Hoje, pouco se sabe da fixação destes profissionais. Num ano, há um, no outro ano letivo, outro. Não há interesse na fixação destes profissionais em suas respectivas áreas de aptidão e vocacionados. Isto deteriora a educação, mais do que ajuda a educação.

Investir na educação para obter melhor resultado é também fazer com que o foco seja a escola, e não o aluno. A escola deve oferecer seu ambiente, e dele zelar, proteger, circundar. Fazer com que profissionais da educação tenham seu status quo; fazer com que sejam reconhecidos como devem ser: peritos e responsáveis por transformações sociais.

Não deveria ser, e já passou do momento, de haver um movimento de reordenamento do papel da escola. Ao invés da escola se adaptar às condições de cada aluno, que cada aluno, se adapte e reinsira-se dentro do padrão exigido, e não o contrário. Achamos um absurdo que tenham imposto às escolas e ao setor da educação fardo tão amplo e heterogêneo como descrito em vários documentos da Plano Nacional de Educação e do Sistema de Educação Nacional que é a escola se adaptar e estar apta a atender as mais diversas e heterogeneidades sociais e não o contrário.

  • Deve ser a escola quem estabeleça as regras; deve ser a escola quem deva impor rigor em seus parâmetros;
  • Deve ser a escola quem estabeleça os critérios;
  • Deve ser a escola quem imponha, isto mesmo, imponha o padrão a ser seguido.
  • Deve ser a escola aquela que estabeleça: para você ser isto, deve fazer e seguir isto e aquilo, e não o que existe hoje, em que, o padrão estabelecido pela variedade e não pela especificidade.

Investir na educação, é ter regras simples, claras e cumpri-las cabalmente. E quando houver algum tipo de confronto, que as regras sejam respeitadas e seguidas. É uma pandemia a atual situação para a escola e para os profissionais do setor, ter que lidar cotidianamente com os conflitos sociais

Por que a educação tem que estabelecer metas de fazer com que crianças, jovens, pais, responsáveis tem que ter compromissos em irem para a escola? Evidentemente, é por que a escola, por si só, como instituição, já não representa nenhum tipo de benefício ou não representa mais, não é mais um símbolo, não tem mais o status, não é mais a escola um emblema, não são mais os educadores símbolos de transformações sociais. Não, mais! Já foram! Hoje vive e sobrevive de recitar números, e exibir metas atingidas meramente. A transformação mesmo, aquela que se obtém pelo conhecimento, já não é mais perceptível.

A escola não atrai e deixou de ser o que era: símbolo de transformação social e de ascensão. Esta desvalorização deste capital humano, deste símbolo que foi a educação, é refletida nos rankings nacionais, e internacionais. Evidentemente que as exceções estão ai para comprovar a regra.

Por mais tempo que alguém passa na escola, não é mais garantido de que sairá de lá transformados e melhor do que quando entrou. Então, nesta visão caótica e pessimista, é que vemos a necessidade de fazer investimentos em educação no Brasil, nas questões e nas matérias humanas, nas ciências sociais, no entendimento de que a escola, a educação é transformadora de sinas, transformadoras de vidas.

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